depois a EJA. Isso sana as dúvidas dos alunos. É uma obrigação ir ao estágio, mas, ao mesmo tempo, contribui para o crescimento delas. Eu vejo que na Pedagogia VII, elas se desenvolveram em todos os sentidos, na questão da linguagem, na questão da aproximação da turma e do aprendizado, então, eu creio que eu deixei um pouquinho em cada uma a questão do planejar, da pedagogia e como chegar em uma sala de aula e interagir”. O evento começou com a apresentação das alunas Arali Cristina Azevedo Marangoni e
Larissa Fernanda dos Reis Violin, que estagiaram em uma escola com crianças, onde uma delas, Giovana Santos, possuía paralisia cerebral e tetraplegia em menor grau, afetando os movimentos. “Foi uma experiência única. Quando a gente se depara com um caso desses, a gente pensa que não vai dar conta, mas, a partir do momento que a gente conhece e passa a lidar com a criança no dia-a-dia, a gente vê que não é um bicho de sete cabeças a educação”, contou Larissa. Sua colega Arali completou: “Hoje eu tô preparada pra entrar em uma sala de aula e receber uma inclusão. A Giovana deu uma base muito forte pra nós”. A participação de Giovana e de sua mãe, Rosa Santos, na apresentação emocionou as alunas presentes e possibilitou a interação das mesmas com perguntas sobre as dificuldades e a melhor maneira de lidar com crianças com necessidades especiais. “Depois que a Giovana veio na minha vida, muitas portas se fecharam, principalmente na parte da educação, mas muitas se abriram também. Eu vi muita solidariedade, então nada mais justo que eu ser solidária também e passar isso para ela. Eu contei para Giovana o que estávamos fazendo aqui, ajudando as alunas e ela entendeu, isso foi um incentivo. As alunas estão começando agora e não têm noção disso, então a minha opinião, que é de alguém que está passando pela situação, pode passar uma segurança para elas”, explicou Rosa. O grupo seguinte falou sobre sua experiência de estágio no EJA – Educação de Jovens e Adultos e os desafios que ela trouxe: de criar vínculo com esses adultos não-alfabetizados que sentiam constrangimento de sua situação e de qual seria a linguagem adequada para utilizar
com os mesmos, descartando a linguagem habitual utilizada com crianças. “Pra mim foi uma prática muito importante porque a dificuldade que eu senti naquele momento eu já levo como bagagem. Então o dia que eu pisar em uma sala de EJA, eu já sei como lidar, porque as primeiras dificuldades já foram vencidas. A gente reclamava dos estágios, mas começamos a perceber a importância. Muitas vezes a gente acha que é de um jeito, que com o adulto é mais fácil que com a criança, mas a hora que a gente chega lá é diferente porque não sabemos como temos que falar. É experiência e vivência”, contou a aluna Maira da Conceição Ferreira Rodrigues. Ao final da noite, a coordenadora do curso de Pedagogia, Profa. Dra. Luzia de Fátima Paula, agradeceu a presença das alunas, voltando a pontuar a importância desses projetos e declarou: “Eu gostei muito da participação em geral da Pedagogia VII e dos professores, da iniciativa da professora Ana Paula de propor esse evento, pois proporcionou reflexões muito produtivas. Os alunos gostaram, tendo em vista a qualidade das perguntas, então, foi mais uma oportunidade de esclarecimento e também de a gente colocar em pauta a discussão do projeto que nós estamos desenvolvendo no curso de Pedagogia com relação ao estágio supervisionado da EJA, que é uma parceria com as escolas do município, no ano de 2012, com a escola “Cândido Brasil Estrela” e, neste ano, com a escola “Prof. Lauro Rocha”, sob a direção da Profa. Lázara Patrícia, que participou do evento, e mais uma oportunidade de os alunos unirem prática e teoria na formação que lhes cabe para sua função como educadores. O evento foi um sucesso”.
Quando será a semana de Pedagogia? E letras?
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